27 de fevereiro de 2010

Este é um pedido sincero. São Pedro, Poseidon, Neptuno, Tam Kung, Shenlong, Tlaloc, Chaac, Tor, Frey, façam alguma coisa! Para o bem de todos. E para meu bem. Não aguento mais esta paisagem.

26 de fevereiro de 2010

Sugestão

Rei Édipo
Versão e encenação Jorge Silva Melo
Teatro Nacional D. Maria II
Sala Garrett
18 de Fev. a 28 de Mar 2010


Esperei com as portas escancaradas. Agora fechei todas as portas e abri todas as janelas, na esperança que tudo pode acontecer...

24 de fevereiro de 2010

Desejos


23 de fevereiro de 2010

Extrapolei

                                                                                                     flickr
Se eu te acordar a meio da noite, é porque o desejo e a vontade não têm hora marcada.

Há algo de contraditório em tudo isto

Pára tudo, que eu preciso de ajuda. Este mês é o mais pequeno do ano. E, não consigo explicar porque demorou tanto a passar. O mês tem 28 dias, 3 consagrados a férias e 8 de descanso. E, ainda faltam 5 dias para acabar. Não foi excesso de dias de trabalho. Será excesso de tempo livre? E se um dia tivesse 12 horas, faria tudo o que faço em 24 horas mas mais rápido? Ou tinha que viver o dobro dos dias, para conseguir fazer tudo aquilo a que me proponho? Estranha forma de viver o tempo.

20 de fevereiro de 2010

Plataforma Cidadania e Casamento

Hoje, enquanto estava parada nos sinais luminosos do Marquês de Pombal à espera que passassem os manifestantes pela defesa dos direitos do casamento entre homem e mulher e da família, da Plataforma Cidadania e Casamento, vieram-me à cabeça alguns pensamentos e imagens recorrentes como, "tão jovens e já com tantas preocupações…", "quem desdenha quer comprar", "get a life", "escolheram o Marquês de Pombal porque fica perto do Parque Eduardo VII" ... e, algumas cenas de vários filmes do Pedro Almodóvar.



Também me lembrei deste filme, mas foi por outros motivos.

A tua vida não gira à minha volta? Não estou a perceber.

A tua vida não gira à minha volta? Não estou a perceber.
Acho que fazemos esta pergunta vezes sem conta, seja em relação aos amigos, seja em relação à cara-metade, aos filhos, aos pais, seja em relação a qualquer um que nos rodeia. Há um certo momento na vida, esplendoroso, que percebemos que a vida dos outros não gira à nossa volta. Um momento de libertação dizem uns, um momento de sofrimento dizem outros.
Cada um arranja a sua estratégia para lidar com a situação. Eu arranjei um cão.

19 de fevereiro de 2010

Imaginar

Não há nada que me dê mais prazer do que planear uma viagem. A maioria das que planeei não se concretizaram, é certo. No entanto, agrada-me a fantasia, gosto de imaginar. Escolher o destino, escolher a forma de lá chegar e recolher informação sobre tudo o que é possível ver e fazer. Seja num destino longe ou perto. Passo o meu tempo nesta árdua tarefa, a imaginar.
E, num momento, descubro que é na viagem mais comum, na que não planeei, na viagem que não consegui imaginar, que encontro o melhor destino. Inesperadamente.

17 de fevereiro de 2010

" ... as mulheres estão presas às estrelas por fios invisíveis ... A lua atrai as marés e faz com que as plantas se abram em flor. Essa mesma energia atravessa as mulheres. Harmonizadas com os astros, ainda que não o saibam, todas as mulheres têm vocação para o infinito. Os homens, pelo contrário, estão soltos no universo como gravetos num rio. Só as mulheres podem salvar os homens de se perderem no caos ... "

José Eduardo Agualusa in "Barroco Tropical"

13 de fevereiro de 2010

Eu sou preconceituosa

É verdade, eu sou preconceituosa, descobri isso há pouco tempo. Custa admitir, mas não tenho grandes hipóteses. Baseada em alguns estereótipos, fundamentados não sei em quê, onde, nem quando, generalizei. Uma espécie de economia mental, que também é necessária. Em vez de pensar “deixa lá interagir com este indivíduo para ver como é que é” preferia “são todos iguais”. O que me facilitava o pensamento, que preciso de usar para outras coisas e também poupá-lo um bocadinho para uma situação de urgência. Numa situação de urgência e recorrendo ao que me resta de inteligência concluí “somos todos muito parecidos”.
Nunca tive tendência para julgar ou catalogar as pessoas à primeira impressão, valha-me isso. Logo, nunca cometi muitos erros de julgamento. Claro que há empatia ou não, mas nunca deixei que isso inibisse a descoberta de alguém.
Até poderia tentar tecer aqui um comentário sobre o que nos faz simpatizar ou não com uma pessoa quando a conhecemos, mas seria uma perda de tempo pois acredito que não existe uma razão. Será, provavelmente, uma espécie de Lei da Empatia, que terá na sua base outras tantas leis da Química, Física e outras ciências.
Mas existem outros factores mais concretos, que não são necessariamente vistos como pejorativos e que influenciam essa atracção, são os outros preconceitos. A forma como alguém se veste, as músicas que ouve, os sítios que frequenta, onde trabalha. Todos estes factores influenciam, são mais ou menos comuns, e estão presentes no círculo de pessoas que nos rodeia. Não é necessariamente mau, de uma forma geral as pessoas unem-se pelas semelhanças. Mas, bom mesmo é descobrir as diferenças. E eu, assumidamente preconceituosa, adoro descobrir pessoas diferentes.

12 de fevereiro de 2010

Sobre nós

 Há o nó na garganta.
Há o nó no estômago.
E, há o nó direito.
Serve para unir 2 cabos de diâmetro igual, mas eu utilizo-o em todas as circunstâncias. Recomendo.

10 de fevereiro de 2010

Certos percursos têm algo de redentor.
Eu sei que não estamos na Páscoa, mas adianto-me.

7 de fevereiro de 2010

Sim, na História da Humanidade.

Costuma-se dizer que o que se passa na nossa casa reflecte-se no mundo em que vivemos. Se todos fizéssemos a nossa parte, o mundo seria um lugar mais agradável. Mas, acho que neste momento, sinto as coisas um pouco ao contrário, o que se passa no mundo reflecte-se na nossa casa. Só assim consigo explicar o caos que vai por aqui. É verdade que as nossas pequenas acções podem ter repercussões em tudo o que se passa à nossa volta e, sim, tenho só para mim o desejo secreto de ficar na história. Sim, na História da Humanidade.

2 de fevereiro de 2010

De novo, sobre o envelhecer, para a Fábrica de Letras.

- Posso contar-te uma paranóia minha?
- Podes.
- Tenho esta paranóia desde aí os meus 6 anos.
- Desde que tens memória!?
- Sabes, sempre quis aproveitar a vida ao máximo, todos os minutos do dia. Achava que dormir era um desperdício, tinha que aproveitar tudo, a noite não servia para nada. Acordava cedo, para poder aproveitar tudo. Sentia todas as doenças que as pessoas à minha volta tinham. Tinha medo de não chegar aos 15 anos. Sabes, tinha medo de morrer.
- E agora, ainda tens?
- Agora já passei dos 50 e ainda tenho.
- ...

Escárnio e mal dizer

Porque também tenho a minha vertente de escárnio e mal dizer, hoje apetece-se falar mal do filme Avatar. Fiquei movida por um sentimento que não sei explicar, depois de ter ido ver o filme Avatar, acho que foi de tédio. E, já passou algum tempo. Mas o tempo pode ter este efeito, em vez de apaziguar, realçar o descontentamento. Até porque, já passou algum tempo e a azáfama continua. Diga-se de passagem, que o filme podia ter sido feito com uma duração de 1h.30m que ninguém ia estranhar. Não fiquei muito surpreendida com a história, embora estivesse à espera de um naufrágio a 3D, pelo menos a história de amor estava lá. Confesso que não vi o primeiro naufrágio, daí a esperança de ver agora. Saí do cinema a pensar, qual teria sido a parte em que adormeci. Foi, de certeza, na parte mais importante, aquela que me faria encantar. Mas fui, contribuí para que se torne o filme mais visto. Deu para relembrar que nada mudou. Quanto mais pessoas juntas numa sala, maior a quantidade de aberrações dignas de um filme de terror a 3D. Detesto o cinema cheio de gente, que falam durante o filme e que, sim aconteceu ao meu lado, atendem o telemóvel. Pois, está visto que não estava no espírito da coisa. No entanto, tenho que realçar que os óculos eram giros, cheios de estilo, parecíamos todos pseudo-intelectuais a apreciar arte. No meu caso, não a quatro olhos, mas a seis. Mas fiquei a pensar, se tivesse que descer à terra encarnada num avatar qual seria a forma ideal.

1 de fevereiro de 2010

"O mundo é um imenso livro do qual aqueles que nunca saem de casa lêem apenas uma página."
                                                                                                     Agostinho de Hipona