29 de novembro de 2010

Não deixem de observar os sinais

Está tudo escrito nos sinais...recebi por email e decidi partilhar. Para não engravidar e não só. E também porque está a chegar o dia 1 de Dezembro, aproveito para antecipar a comemoração.

26 de novembro de 2010

mudando de assunto

It takes courage to be
True friendship demands risk: giving someone something which they could humiliate you with. Writing as friendship. Alain de Botton


É que parece que foi escrito mesmo para mim.

25 de novembro de 2010

sobre o tempo

Eu prefiro pensar que o tempo não falta, assim como não se gasta, nem se perde, vive-se. Assim, enquanto houver vida, o tempo vive-se. Bem, de preferência.

Eu interajo, tu interages, nós interagimos

Há quem leve os blogs muito a sério. Mas isto é puro entretenimento. Tem dias que até parece uma produção da TVI. Há melhor maneira de alienarmos o nosso tempo do que navegar por aqui, ler o que de tão importante os outros têm para dizer, reflectir sobre os temas profundos ou não, deixar que um pouco de nós transpareça através da partilha, e que o tempo passe? Eu gosto de falar sobre o tempo, aquele que passa por nós, e também sobre outros assuntos. Sei o poder que as palavras ganham depois de proferidas, faladas e escritas, por isso não me canso de falar e escrever com os outros. Com vocês. De interagir com vocês.


interação
s. f.
Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um duplo clique. Experimente!
interação (àç)
s. f.
1. Influência recíproca de dois ou mais elementos.
2. Psicol. Fenómeno que permite a certo número de indivíduos constituir-se em grupo, e que consiste no facto de que o comportamento de cada indivíduo se torna estímulo para outro.
3. Fís. !Ação recíproca que ocorre entre duas partículas.
Fís. !interação forte: a que tem um curto alcance e que é responsável pela estabilidade do núcleo atómico
Fís. !interação fraca: a que ocorre entre leptões.
http://www.priberam.pt/dlpo/default.aspx?pal=interação

23 de novembro de 2010

síndrome de operária fabril

Neste momento estou a sofrer da síndrome de operária fabril. Nada contra a profissão que simbolicamente escolhi para manifestar uma ideia, mas sinto-me como se vivesse no final do século XVIII. Após a migração para residir perto do local trabalho, a instalação no meu cortiço, só me resta trabalhar. Ainda bem que quarta-feira é feriado, sempre dá para descansar um pouco.

17 de novembro de 2010

Entre um beijo e outro beijo

- Eu tenho um gosto especial pelo lado negro da condição humana.
- desculpa, mas não te vou acompanhar nisso.
- o que eu queria dizer é que gosto de pessoas diferentes.
- não te quero abandonar, mas não vou compactuar com isso.
- vou explicar: quando conheço uma pessoa foco-me nas coisas menos boas da personalidade.
- achas que podias gostar de um criminoso?
- provavelmente não. Mas não é mesma coisa.
- é exactamente a mesma coisa. Não irias gostar de alguém que cometesse um crime porque está fora dos padrões que tu estabeleceste como os teus.
- mas o que eu queria dizer é que se conheço uma pessoa, o que me cativa é o que ela tem de diferente.
- nós gostamos daquilo que construímos como o nosso referencial de interesses e de valores. Não ias gostar de alguém que fizesse mal a ti ou aos outros?
- não estás a perceber. Por exemplo, conheci o que se pode chamar de uma “regular person” que a única coisa que tinha de diferente era gostar de pescar à beira-mar sozinha. Eu fixei-me na ideia “o que leva uma pessoa a ir pescar sozinha? O que será que pensa quando está a pescar?” e ignorei qualquer outra qualidade que pudesse ter. O meu interesse passou a ser o descobrir o que leva uma pessoa a ir pescar sozinha.
- já alguma vez foste pescar à beira-mar sozinha?
- não, nunca.
- Já experimentaste perguntar porque é que essa “regular person” vai pescar à beira-mar?
- não.
- mas sabias que existem muitas pessoas que pescam sozinhas? E também há quem jogue golfe, corra, pratique surf, btt, etc., e não revele dessa forma o lado negro da personalidade. Acho que precisas de rever uns conceitos.
- sim, era só um exemplo, mas o que eu queria dizer era…
- que não gostas de “regular persons”?
- isso mesmo.
- mas devias, assim elas iam gostar de ti também.

16 de novembro de 2010

Probabilidades

Pensar nas probabilidades. É um pouco estranho pensar assim, é como ter a possibilidade e não fazer só porque não sabemos se vai resultar. Isto aplica-se a tudo na vida. A previsão só existe porque há a possibilidade do erro, pela probabilidade de haver uma escolha diferente. Eu faço previsões só pelo facto de saber que existem possibilidades diferentes. Então, qual é a lógica de não fazer? De ficar à espera para ver o que vai acontecer? Ou vou mudar o destino? Mudar o destino, mudarmo-nos a nós, e mudar o que está à nossa volta. Não é fácil, está cada vez mais difícil. Eu faço e aconteço, eu escrevo e digo tudo o que deve ser feito, e não ajo. Tenho que agir, para depois contar como foi. Estou com verborreia de pensamento, quando deveria de ser de atitudes. Quem escreve seus males espanta, assim como quem canta, e assim como quem dança. Já vos tinha contado que sou apaixonada por dança?

11 de novembro de 2010

Medo

Acabaram de me dizer que a pior guerra é a que se trava sem medo. Sim, faz sentido. O medo faz-nos parar, pensar, delinear estratégias, e pensar em nós e nos outros. Só que às vezes é tarde demais, por medo não se ganha nem se perde, simplesmente não se participa. E isso não é bom, é aborrecido.

9 de novembro de 2010

Já há muito tempo que não colocava por aqui uma música e hoje lembrei-me que se tivesse que escolher uma banda da minha vida, hoje, hoje escolhia esta. E foi várias vezes a banda sonora da minha vida.

8 de novembro de 2010

A interpretação dos sonhos

Passei a noite a sonhar que estava a ser mordida no pescoço por um urso. Será que ando a ver demasiado National Geografic channel? Ou será simplesmente um sinal que hoje tenho que estar bem alerta na multidão e proteger-me de algumas pessoas? E escusam de vir para aqui dizer que os sonhos são desejos recalcados, porque isso é tudo mentira. Se assim fosse eu tinha tido uma noite mais animada, de certeza que tinha.

5 de novembro de 2010

Faz festas, a ver se cresce



Eu adoro massagens, daquelas tipo palpação ou apalpação também, com força e mais ao de leve, festas é que não. A única parte que cresce quando se faz festas eu não tenho. E não sou uma lâmpada mágica. A lâmpada mágica do Aladino tinha um efeito especial quando lhe faziam festas, saía um génio que satisfazia desejos. Mas eu não. Por isso mesmo, por essa razão, e por outras, massajem-me o ego mas não me façam festas que aqui dentro nada cresce. É que nem a admiração cresce assim.

1 de novembro de 2010

Novembro rima com não me lembro

Voltei devagar e vou tentar não fazer muito barulho. É que ando muito sensível a estímulos exteriores. Não gosto do mês de novembro. Estava a pensar que novembro era aquele mês que não há nada que lhe associe. O dezembro, mês do natal e prenuncio do novo ano. Janeiro, o mês de grandes transformações e projectos, até chegar fevereiro que é o mês mais pequeno, o do esquecimento, e que ninguém leva nada a mal. O mês de março é o início da primavera, o de abril o da revolução, e juntamente com maio, mês da nossa senhora e não só, começa a vontade de sair à rua, tirar a roupa, passear. Em junho começa a época balnear e a contagem decrescente para as férias. Julho é o mês de preparação, da pele queimada, e começa a rambóia que culmina no final de agosto. Setembro é o meu mês. Em outubro começa-se a sentir o outono, e este ano parece que também o inverno. Agora o novembro, o novembro não me diz nada.