29 de junho de 2009

Mudanças

Nos últimos dois anos, mudei de casa quatro vezes. É verdade, quatro vezes!
Embora seja uma das coisas que me causa mais stress (concluí isso hoje), posso afirmar que tem algumas vantagens.
Ver a nossa vida em malas de viagem, caixas de papelão e sacos de plástico, não é deveras agradável, mais que não seja pelo lado simbólico da coisa e também devido ao pó que carregamos connosco (para além de outras coisas vivas que podem aparecer no meio).
Mas, deixo de fora as coisas fúteis que nos habituamos a coleccionar e as novas tecnologias ajudam a ter sempre próximos aqueles que são importantes e que carregamos simbolicamente em números de telefone e endereços de e-mail!
Não fosse a máquina de lavar roupa, que tanto pesa e falta faz, poderia dizer que comigo só precisaria de levar o telemóvel e o portátil.
Fora os exageros, e embora não saiba explicar, tenho outras coisas que me acompanham e não deixam de ser muito importantes e que causam alguns transtornos na hora da mudança, como por exemplo, os livros que nunca li, os que li e todos os suportes de velas que me vão oferecendo ao longo destes anos e que não ficam bem em lado nenhum, entre outras coisas.
Mas, esse lado simbólico que já referi, nem sempre é mau. Mudar, pode causar um sentimento agradável.
Começar de novo, permite-nos só levar connosco aquilo que realmente interessa. Essa é a grande vantagem das minhas últimas mudanças, só levo comigo de volta o que realmente interessa e faz falta.
E, devo dizer, que cada vez carrego menos "coisas materiais" comigo.
Está quase a chegar a hora!

15 de junho de 2009

Hoje, estou que nem posso… Esta é a prova que, infelizmente e embora goste muito, nunca poderia viver num país tropical… assim como, descobri recentemente, que não consigo fazer natação numa piscina coberta... Detesto o tempo húmido!

7 de junho de 2009

O meu fim-de-semana não começou muito bem, espero que acabe melhor.
Na sexta-feira ao sair do trabalho, tinha um furo no pneu do carro. Nada que me tivesse espantado muito, até porque já tinha enchido aquele pneu mais que uma vez e porque sei por onde ando com o carro…
Posto isto, tinha que achar um homem. Não porque não saiba mudar um pneu, mas porque não me apetecia sujar as mãozinhas, uma vez que o meu pneu suplente estava estupidamente metido debaixo do carro. É claro que os dois moços que prontamente me avisaram que tinha um pneu furado, desapareceram. Só sobrava o Sr. L que prontamente me ajudou, embora eu tenha percebido que ele nunca tinha mudado um pneu, foi um querido e ficou todo sujo.
O pneu suplente estava um pouco em baixo e eu na hora da decisão, vou à bomba ou entro na auto-estrada, decidi entrar na auto-estrada. Gaja que é gaja prefere chegar o mais depressa a casa. Pois, não foi bem o que me aconteceu. Acabei a minha sexta-feira, parada na auto-estrada, com um colete amarelo e com as mãozinhas sujas à espera do reboque.
Pude, durante este tempo, constatar algumas coisas que tinha como verdades. As mulheres, são um perigo com uma máquina na mão e os brasileiros são um povo muito mais solidário que os portugueses. Enquanto estava parada na auto-estrada, uma senhora parou o carro e desesperada perguntou se estava no sentido correcto para a ponte 25 de Abril e eu nem quero imaginar o que teria feito se eu tivesse dito que não. Também um simpático casal de brasileiros parou para me ajudar e chegaram a considerar a hipótese de me emprestar o pneu suplente, que infelizmente não era compatível.
De resto, cheguei a casa tardíssimo e concluí que da próxima vez que tiver um furo chamo logo a assistência em viagem, assim ninguém tem que sujar as mãos. E, também, que vou ter mais cuidado a estacionar o carro e a subir os passeios (esta prometi ao meu pai).

2 de junho de 2009

Percebo que estou a envelhecer mal… quando o meu irmão Pedro diz “anda jantar, mesmo que não vás sair a seguir”; quando os cabelos brancos deixam de ser uma preocupação e tornam-se uma obsessão; quando as crianças do meu bairro me tratam por você; quando todas as especialidades médicas da clínica já me conhecem; quando troquei o creme de prevenção de rugas pelo Active/Force/Plus/Expert anti-rugas; quando acordo de manhã ao fim-de-semana; quando troco uma noite no Lux pela festa dos anos 80 na Comuna.
Salva-me o bom humor, até porque está cientificamente provado que a velocidade com que se envelhece é directamente proporcional ao mau humor e ao stress.