28 de janeiro de 2009

Abstracção

“Abstracção é o processo mental em que as ideias estão distanciadas dos objectos, operação intelectual onde existe o método que isola os generalismos teóricos dos problemas concretos, de forma a resolvê-los.” “Através da abstracção podemos imaginar os resultados de determinada decisão ou acção, sem recorrer a mecanismos físicos ou mecânicos de resolução.”
Se a minha vida fosse um quadro, seria arte abstracta!

Entrada, Amadeo de Souza-Cardoso

11 de janeiro de 2009

Acaso, coincidência ou destino

Aproveitando o tema do acaso, há uma frase que uso muito: “nada acontece por acaso”.
Numa tentativa de explicar o sentido dessa expressão, nem sempre usada com o mesmo sentido, esta simples frase pode encerrar várias visões da vida.
Quando eu digo "nada é por acaso", poderia interpretar-se isso como existindo destino, algo que foge ao meu controlo e que não poderia intervir.
Acredito na existência do livre arbítrio. Então, a existência de um destino pré-determinado implicaria a não existência de livre arbítrio. Se a vida fosse assim, seriamos apenas marionetas. Definir a vida tendo como base o acaso, as coincidências ou o destino, é definir o próprio sentido que se dá à vida.
Se tudo acontece por acaso e se para nada há explicação na vida , não há então um sentido.
O que quero dizer é que é impossível viver a vida sem procurar entender o que se passa e inebriar-me perante situações aparentemente sem explicação.
Não se tratando de destino, como se poderá interpretar a frase "nada acontece por acaso"?
Quando eu digo “nada acontece por acaso”, quero apenas dizer que o que se passará na minha vida depende apenas do contexto social em que me insiro e das minhas convicções? Não me parece.
E se tudo na vida fosse causa-efeito, então tudo poderia ser explicado, teria sentido e caberia na minha compreensão.
Eu gosto do termo Sincronicidade, o que segundo Jung, seria uma espécie de coincidência significativa. Uma coincidência, não tem uma explicação, mas tem uma significação.
E, o nosso destino seria um conjunto de coincidências com significado e teria o sentido que nós lhe dermos. Enfim, também não me chega.
(...)
A propósito deste tema, deixo aqui a referência de um filme sobre o tema, “What the Bleep Do We Know!?”, que apesar das várias criticas feitas ao filme, nos ajuda a pensar sobre o sentido da vida.