Há muito que a vida onírica tinha desaparecido. Até os sonhos o haviam abandonado. Soube que estava sozinho quando a música deixou de o acompanhar no seu silêncio e passou a ser uma entidade exterior que apenas assinalava uma presença. Jurou-lhe nunca mais proferir uma palavra e prometeu para si próprio nunca deixar de cumprir essa mesma promessa.
Hoje, sem palavras, pensa que os sentimentos já não podem ser traduzidos nesses símbolos. As palavras estragam os momentos que as procedem, por isso prefere o silêncio.
11 comentários:
Quando o silêncio é uma opção, as palavras podem-se tornar num silêncio ainda maior. Gostei muito deste teu pequeno conto.
Kisses :)
curta. simples. bela. gostei da opção. trocar as palavras que arruínam o som pelo silêncio!
Boa!
Beijinhos****
Simples, breve mas intenso este teu silêncio Tulipa.
Beijinhos
convite para a seguir a história de Alice
lá no ...continuando assim...
bj
Teresa
Gostei da forma sintética como conseguiste dizer tudo.
Às vezes, vale mais que muitas palavras. Outras, é imperativo gritar bem alto.
Bonito e sucinto. Às vezes não são precisas muitas palavras para dizer tudo.
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En poucas palavras deste o recado!beijos,chica
Curto mas gostei =)
Querida Tulipa,
A ausência de palavras não é silêncio!
O teu texto é deliciosamente subtil!!! Gostei...
Beijosss
AL
Tulipa
O teu protagonista silenciou as palavras porque silenciou a alma: nem sonhos, nem música.
Bjs
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