Era a tarde mais longa de todas as tardes que me acontecia
Eu esperava por ti, tu não vinhas, tardavas e eu entardecia
Era tarde, tão tarde, que a boca tardando-lhe o beijo morria.
Quando à boca da noite surgiste na tarde qual rosa tardia
Quando nós nos olhámos, tardámos no beijo que a boca pedia
e na tarde ficámos, unidos, ardendo na luz que morria
Em nós dois nessa tarde em que tanto tardaste o sol amanhecia
Era tarde de mais para haver outra noite, para haver outro dia.
(…)
16 comentários:
A boca quer muitas coisas, mas quem lhe manda querer é o coração. Neste caso, claro, noutras é o estômago!
És tão sensivel rafeiro ;)
O Ary era um génio e este poema é lindíssimo.:)
Beijinho
Também acho, Manuela. beijinho
Lindo...
isto não há em música?
É lindo sim, Marquês.
Matador, há em musica mas não gosto tanto.
É que é mesmo...
Este poema é muito bonito.
Bjs
É sim Catarina. Boa semana. kiss
OLá Tulipa,
Este poema arrepia-me, ainda há pouco tempo publiquei este poema e mais outros do Ary, num site de Cultura & Humanismo. Aprecio este poeta, que diz: POETA CASTRADO, NÃO!
Beijos,
Manuela
Tb gosto muito Manuela, do Poeta e deste poema em particular...que não publiquei por completo.
kiss
gosto muito da maneira como ele brinca com as palavras, como quase as molda como barro e lhes dá a forma que quer para que fiquem assim, perfeitas nos labios de quem as lê!
Eu tb gosto!
Pessoalmente é uma das minhas
melodias favoritas - Estrela da Tarde - cantada por Carlos do Carmo. Desconhecia que o poema era de Ary dos Santos.
Muito bonito
Kiss
É muito bonito o poema helga, eu prefiro-o assim :) kiss
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