Nos últimos dois anos, mudei de casa quatro vezes. É verdade, quatro vezes!
Embora seja uma das coisas que me causa mais stress (concluí isso hoje), posso afirmar que tem algumas vantagens.
Ver a nossa vida em malas de viagem, caixas de papelão e sacos de plástico, não é deveras agradável, mais que não seja pelo lado simbólico da coisa e também devido ao pó que carregamos connosco (para além de outras coisas vivas que podem aparecer no meio).
Mas, deixo de fora as coisas fúteis que nos habituamos a coleccionar e as novas tecnologias ajudam a ter sempre próximos aqueles que são importantes e que carregamos simbolicamente em números de telefone e endereços de e-mail!
Não fosse a máquina de lavar roupa, que tanto pesa e falta faz, poderia dizer que comigo só precisaria de levar o telemóvel e o portátil.
Fora os exageros, e embora não saiba explicar, tenho outras coisas que me acompanham e não deixam de ser muito importantes e que causam alguns transtornos na hora da mudança, como por exemplo, os livros que nunca li, os que li e todos os suportes de velas que me vão oferecendo ao longo destes anos e que não ficam bem em lado nenhum, entre outras coisas.
Mas, esse lado simbólico que já referi, nem sempre é mau. Mudar, pode causar um sentimento agradável.
Começar de novo, permite-nos só levar connosco aquilo que realmente interessa. Essa é a grande vantagem das minhas últimas mudanças, só levo comigo de volta o que realmente interessa e faz falta.
E, devo dizer, que cada vez carrego menos "coisas materiais" comigo.
Está quase a chegar a hora!