16 de agosto de 2007

QUEM SABE?! ... Eu sigo-te e tu foges. É este o meu destino: Beber o fel amargo em luminosa taça, Chorar amargamente um beijo teu, divino, E rir olhando o vulto altivo da desgraça! Tu foges-me, e eu sigo o teu olhar bendito; Por mais que fujas sempre, um sonho há de alcançar-te Se um sonho pode andar por todo o infinito, De que serve fugir se um sonho há de encontrar-te?! Demais, nem eu talvez, perceba se o amor É este perseguir de raiva, de furor, Com que eu te sigo assim como os rafeiros leais. Ou se é então a fuga eterna, misteriosa, Com que me foges sempre, ó noite tenebrosa!
Por me fugires, sim, talvez me queiras mais!

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