31 de dezembro de 2010

Feliz 2011!

E porque é mais fácil identificarmos aquilo que não queremos, eis uma lista de coisas que não vou fazer/ser/ter/sentir em 2011: fazer promessas; fazer fretes; conhecer a Austrália; ir ao Optimus Alive; mudar de casa; sentir pena; fazer resoluções de ano novo; fazer ser calimero; mudar de namorado; ser vegetariana; fazer horas extras; ameaçar que deixo de fumar; ter medo; acabar com o blog; destratar colegas de trabalho; mudar de carro; fazer-me ser lamechas; dizer mal do Cavaco Silva, mesmo se ele ganhar as eleições; escrever post´s sobre o acordo ortográfico de 1990; tornar-me activista ambiental; baixar-me; mostrar o cu e as unhas dos pés; perder o desejo; queixar-me da vida e de mim e da culpa da vida em mim e da minha culpa na vida; matar gente e animais; fumar droga; ter sentir preconceito; casar; emagrecer; comer ovas; baixar as armas; e fazer promessas, acho que esta já disse; e deixar de vos desejar um ano novo cheio de felicidade. Feliz 2011!

28 de dezembro de 2010

New York, I Love You

Eu gosto da passagem de ano, e gosto de festas em geral. Adoro locais com muita gente, em grande exteriorização de emoções, como por exemplo concertos de música. Já tentei fazer o mesmo raciocínio para tentar gostar de ir ao centro comercial, ou somente para ganhar coragem para ir a um supermercado, mas não resulta. Também não participei na greve geral, mas foi por outros motivos que não vêm ao caso. Isto para vos dizer que sempre que me perguntam onde é que gostava de passar a grande noite, a minha resposta é que gostava de passar na rua. Gostava de passar em NY, em Paris, em Londres, em Praga, em Roma, mas também podia ser em Lisboa ou em qualquer outra cidade do país. A verdade é que não convenço ninguém que amo para cometer tal proeza, vá-se lá saber porquê. Também é por essa razão, que a única tradição de ano novo que ainda não quebrei foi ir à janela, quintal, ou porta da rua dependo dos locais onde estou, assistir ao barulho que se faz após as 12 badaladas. Adoro o barulho da alegria e da euforia, sim eu sei, eu sei que é meio estranho. Houve um ano que convenci o corajoso, que estava cego de paixão, e passei a meia-noite no Terreiro do Paço. Para além da observação sociológica de tal acontecimento, e embora tenha aberto a garrafa de espumante antes da hora, o que explica em grande parte todos os meus acontecimentos de vida nesse ano que entrou, a experiência foi positiva o suficiente para continuar a desejar passar o ano na rua. Mas, embora goste de assistir a manifestações de emoções e afectos dos outros, gosto principalmente de participar nas manifestações de emoções e afectos daqueles que amo e, na hora da escolha, fico com eles.

Desejos, tem tudo a ver com desejos

Se não desejares, morres por dentro. A minha amiga D. está entusiasmadíssima a organizar os festejos da passagem de ano e, como se não bastasse tamanha tarefa, já me arranjou pelo menos mais duas festas para Janeiro de 2011. O entusiasmo é tão grande que aproveita todos os telefonemas de boas festas para combinar um fim-de-semana fora de Lisboa. É uma exagerada, digo eu. És uma engonhada, está a fluir, diz ela. Ela gosta de ver as coisas a fluir. E a vida divide-se precisamente entre quem gosta da preparação, de ver as coisas fluírem, e entre quem só se interessa pelo resultado final. Por esta razão, e por outras razões, é importante que não faltem as passas na grande noite, e que não faltem os desejos no ano inteiro. Poucas pessoas entenderam quando disse, em meados de Dezembro, em jeito de resolução de ano novo, que ia mudar de vida; e à pergunta “o que vais fazer de novo?”, respondi com “vou comprar uma mesa extensível para a sala de jantar”. Na vida, como num grande jantar de amigos, que nunca falte o prazer da escolha dos ingredientes, do tempero, da confeição e da confecção, que nunca falte o prazer da preparação da mesa; e, mesmo que no final o cozinhado não corra assim tão bem, que fique sempre o grande desejo de haver mais e mais.

21 de dezembro de 2010

14 de dezembro de 2010

liberdade, ai a liberdade

Uma Sra. tentou enganar a minha colega de trabalho. Resumindo, cometeu pelo menos um crime que consigo identificar, plágio. Claro está que tentar enganar alguém que está a trabalhar também deve ser crime, só não sei o nome. A Sra. não compreendeu o nosso ponto de vista, não consegue compreender porque é que plágio é crime, e nem consegue compreender porque é que a minha colega se sentiu enganada. Eu sei como a Sra. se sente, eu também acho isto tudo normal, estamos no Sec. XXI, temos internet, e já perdi a conta a quantas vezes eu vi e ouvi falar de um senhor que violou a privacidade de várias pessoas e instituições, mas que parece ser aclamado como um Robin Hood da Diplomacia, um impulsionador da Democracia, e pior, sim, muito pior, um defensor da liberdade de expressão.

Viagem, ou viagens

É um dos meus desejos para 2011, uma viagem, várias viagens, muitas viagens. E nem de propósito, recebo um e-mail com esta maravilhosa aterragem em Lisboa.

Paz no mundo também não vale

Sugeriram-me a elaboração de uma lista de 12 desejos para 2011, não materiais, que não se traduzam necessariamente na aquisição de bens materiais, e olha que não é tão fácil como parece. Mesmo podendo incluir viagens, sim, as viagens podem ser incluídas porque embora sejam físicas têm como objectivo alimentar a alma. Pode também ser incluído a formação pessoal, ou neste caso, aumentar a formação pessoal/profissional. Experimentem lá. Ou então não. O objectivo é só alertar-vos (ou chatear-vos, depende), nesta época natalícia.

10 de dezembro de 2010

Ainda bem que já é sexta-feira

Ela disse: Zona pélvica aos pulsos











Eu percebi: Zona pélvica aos pulos

7 de dezembro de 2010

Sobre a (in)coerência (in)terna

Não chames a ti própria nomes feios se desejas que os outros te chamem o contrário. Primeiro, as pessoas saudáveis que te rodeiam não compreendem comunicações disfuncionais, ficam-te a sobrar as outras.  Segundo, corres o risco de tu própria acreditares. E, se tu própria acreditares, passa a ser uma verdade absoluta.

6 de dezembro de 2010

viva a crise

Os nossos vizinhos estão-se a passar. Primeiro uma campanha em que apelam ao voto, comparando o acto com o prazer do orgasmo. Agora decidem levar a cabo uma campanha, lançada na semana da luta contra a sida, a incentivar o uso do preservativo, afrontando directamente a igreja. O que virá a seguir? Só faltava colocarem o Cristiano Ronaldo em trajes menores num outdoor.

3 de dezembro de 2010

Resoluções de ano novo, ou não cometer duas vezes o mesmo erro é sinal de inteligência

Gosto sempre de fazer a retrospectiva do ano, esta época presta-se a essas coisas. Na última passagem de ano, bebi um bocado demais, repeti o mesmo desejo doze vezes enquanto engolia as doze passas. A coisa não correu muito bem, grande parvoíce, é por isso que são doze passas e não é só uma. Pede-se doze desejos para podermos diversificar, aumentar as hipóteses de pelo menos um se concretizar ao longo dos doze meses seguintes. E eu, armada em esperta, gulosa, pedi doze vezes o mesmo desejo. Realizou-se, mas depois fiquei sem mais nada.

Sexo é a única actividade em que estamos concentrados

“A nossa vida mental é invadida a um nível considerável por quem não está presente,” excepto durante a actividade sexual – revela um estudo de uma equipa de investigadores de Universidade de Harvard publicado esta semana na revista Science.
Eu ando com algumas dificuldades de concentração no trabalho, e tenho tanto mas tanto para fazer, e há ali um colega que até é jeitoso, será que devo? Será que os meios justificam os fins? Será esta a única forma de colocar o meu trabalho em dia? Os cientistas dizem que sim, e eu acredito na ciência.

2 de dezembro de 2010

Adoro o Natal

Ao contrário da maioria das pessoas não fico deprimida no Natal, não fico nostálgica, não fico com vontade de fazer compras nem de oferecer presentes. Fico com vontade de matar toda a gente, principalmente nos maravilhosos feriados que caracterizam a época. Tornam um dia normal num inferno, não se pode ir às compras, nem para comprar bens essenciais como papel higiénico, os trajectos mais simples e curtos tornam-se num inferno mesmo não estando tempo para ir à praia. As pessoas ficam mais mal-educadas, menos respeitadoras, e o bem comum torna-se num pacote de leite, de arroz, numa garrafa de óleo, ou qualquer outro alimento que tenha um prazo de validade mais ou menos longo. Locais como os parques de estacionamento dos shoppings, filas de supermercado, e outros locais afins, tornam-se um espaço privilegiado para analisar as virtudes que desabrocham nesta época natalícia.
Mas, pelo menos isto, parece-me que este ano bateram-se recordes.