31 de agosto de 2010

30 de agosto de 2010

Acordo ortográfico

Hoje, voltei a ter inspiração para escrever. Não, não é um caso de amor. Ainda não é. Dizem que pode começar com o sentimento contrário, se assim for talvez se venha a tornar. Mas a verdade é que se a paixão desperta os sentidos, logo desperta também a inspiração, o contrário da paixão também. Procurei antónimos da palavra paixão e encontrei tantos que não me decidi a escolher, na sua maioria eram antónimos de outras palavras também. Este é um problema da língua portuguesa. Alguém me dizia que é mais fácil compor música em inglês por essa mesma razão. Mas não concordo. Fui ao tradutor do Google e ele deu-me estas palavras, sinónimos de paixão:
1. passion
2. Passion
3. love
4. infatuation
5. flame
6. zeal
7. fire
8. ardor
9. glow
10. craze
11. mania
12. addiction
13. vehemence
14. rabidity
15. love-sickness
Ou seja, se em inglês expressam a paixão sempre da mesma forma é por falta de imaginação e não de palavras.
Eu gosto mesmo é da expressão “fancy”, mas isso são outros assuntos. É verdade que em inglês são mais redutores quando o tema é “passionless”.
No entanto, resta-me a esperança que as bandas nacionais e o povo em geral, com o novo acordo ortográfico (que embora não diminua o número de sílabas das palavras, diminui o número de letras), se inspirem para expressar o que sentem em português. Porque até não fica mal, eu acho.

25 de agosto de 2010

Ficção científica

Há em mim uma contradição entre a vontade do uso do espartilho e o desejo de ir à lua. Embora não seja grande fã de ficção científica, dá para perceber que o admirável mundo novo povoa o meu imaginário. À medida que o tempo passa em mim, continuo sem a necessidade do uso do espartilho e afasta-se, cada vez mais, a probabilidade de ir à lua. Resta-me esperar pelo carnaval para poder, sem olhares de desdém, encarnar estes meus desejos. Ainda assim, vou fazendo uso da imaginação e procurando testar os limites desta realidade. E não é difícil, basta observar com atenção para perceber que a nossa sociedade não está assim tão longe da sociedade burguesa do século XIX e que embora não possa ir à lua tenho os recursos suficientes para me sentir por lá. Vejam só: http://avl.astrotips.com/.

12 de agosto de 2010

Às vezes ando tão distraída a pensar em aviões que me esqueço da existência dos comboios regionais.

2 de agosto de 2010

Uma longa viagem - Fábrica de Letras

Chega a uma altura em que iniciamos uma viagem de encontro aos nossos pensamentos. Nesse dia afundamo-nos na vida, no momento presente, no aqui e agora, na oportunidade única, que não se repete. Os momentos não se repetem. O aqui e agora acontece em qualquer lado. Não há tempo para descansar, o dia e a noite desaparecem, perduram apenas num perfume que se dispersa. Num momento tudo muda, para sempre. Sempre que procuramos coisas novas, desconhecidas, de uma forma confiante e também vulnerável, a vida torna-se na maior aventura. Eu gosto de aventuras. Parece-me que afinal os sonhos não são desejos recalcados. Se fossem, eu não andaria a sonhar com tamanhos despropósitos. É que no admirável mundo novo nós só teríamos duas hipóteses, neste temos mais. Temos tantas hipóteses que nos damos ao luxo de experimentar várias delas. Quais regras ou valores sociais. A procura da Felicidade Máxima vai-se encontrando nos pequenos momentos. E a única forma de compreender isso será com o coração e jamais com a razão em palavras ditas ou escritas.